segunda-feira, 14 de dezembro de 2009


"Outrora se sabia(ou talvez se suspeitasse) que se tinha a morte dentro de si
da mesma maneira que o fruto tem seus grãos.As crianças tinham uma morte pequena dentro de si,e os adultos uma grande.As mulheres traziam no seio e os homems no peito.Ela era uma posse e isso conferia a pessoa uma dignidade peculiar e um orgulho calado"Rilke


Minha morte tem conversado comigo a respeito da vida,tem me mostrado caminhos sem nome...
caminhos indigentes,caminhos sem heranças,caminhos suspensos nas curvas das botas de Alice.
Morte tem nome feio,morte tem nome destruidor e sombrio.Morte porta que bate.Pulsa coração para outra entrada.outra vida.Morte-passagem-labirinto-fio-instrumento que eleva.
Não está mesmo fora,a morte cá dentro espreita nosso melhor jardim.E faz com que plantemos novas espécies de flores,que estudemos sobre elas,que reconheçamos que dentro de cada flor existe um polén chamado morte,já nasce com ela,não acredito no tamanho de cada morte.
acredito na dimensão de cada força.A Morte é nossa,certeza,presente,plantada no início,semeada durante nosso percurso pelos diferentes universos.Minha morte sabe que precisa ainda plantar mais vida neste círculo que me encontro.

Flô

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