segunda-feira, 14 de dezembro de 2009


"Fiz algo contra o medo,fiquei sentado escrevendo a noite inteira,e agora estou tão cansado quanto estaria depois de uma longa caminhada." Rilke

Esses dias tenho sentido cólicas poéticas,uma vontade latente de colocar pra fora.
Preciso colocar pra fora,mas não sei ainda o quê...
está quase lá,está quase saindo...sinto o começo das letras se aproximarem
mas ainda não consigo exprimir..e nem sei cantar,ou tocar um instrumento
que de alguma forma me fizesse falar,e nem sei mesmo pintar com propiedade
mas quem disse que sei escrever?eu só escrevo...só me sai,mais forte que tudo em mim.
mas nem isso,ultimamente está escasso o momento da concepção poética,
este momento mais sagrado que o sexo,este momento mais íntimo que o parto de filhos homens,
meus versos são fotografias que tiro ao longo do dia,elas ficam guardadas numa grande caixa...
são os motes,tempos depois retiro-as de lá e escrevo o que vejo ali,,,o que são para mim aquelas imagens,aquelas paisagens que por instantes me tomaram o ar...
noites inteiras acordada,bem acordada pra dentro,porque é por dentro que durmo...
durmo num sono de construções surreais..durmo numa viagem que só os dedos podem julgar propícia.meu medo acorda todo dia um pouco melhor quando consegue dizer a que veio.

Flô

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