domingo, 20 de dezembro de 2009


Alice tentava em vão conectar os fios que a impediam de escrever,era tarde ela precisava consertar os relógios e encaixar os espelhos.Tudo ainda era muito novo,e sempre seria,não adiantava justificar.Encanamentos,torneiras,vasculhames,cerâmicas,rachaduras...Alice suspirava concreto.E por decreto era preciso estabelecer colagens sobre seu corpo...Alice queria sustentar sua imunidade,sua coluna invertida,apresentava fissuras,era hora de voltar.tentar refletir o momento na imagem,tentar aderir a forma a palavra.Alice tentava,e comia imagens,comia desesperadamnete todo e qualquer nuance de fotografia alucinada.Ela precisava amarrar os fios locomotores desta teia gigante chamada:poesia,.Alice não sabia fazer Prosa,ela gostava mesmo era de parar numa cidade estranha e ter uma bela de uma prosa com algum nativo,troca de olhar apenas..Alice voltava para casa com um mote mágico nas mãos.E então costurava tela por tela os tons do que aquele olhar lhe despertou.Acordava em outra dimensão,num papel gigante,estirado num mosaico tridimensional.Era sua imaginação dobrando as formas.

Flô

Nenhum comentário:

Postar um comentário