quinta-feira, 21 de julho de 2011




Alice rodopiava rodopiava e parava no mesmo lugar.
dançava atrevida esta dança VIDA..mas sabia pouco sobre
como voltar, como dar espaço entre as palavras , retroceder entre
vírgulas , alice precisava deste vermelho entranhado nas raízes
capilares , alice sobrevoava suas angústias de um ponto de vista
sempre vermelho. Era um sangue alegre que Alice consumia , era sangue
despido de clichês , desse ódio que todo mundo tanto fala.
Alice era menina nobre , não guardava rancores sóbrios , pelo contrário ,fazia questão de enbriagar seus sentimentos mais serenos.
Alice era tão delinquente em seus desejos ,acomodava-os em beijos.
Alice ia , e com o vento , sempre ficava um ar de não sabia..
falava sem pensar , e tudo evaporava que agonia,ninguém poderia confiar nessa língua descontrolada , ela não sabia guardar,e não era por mal que propagava , ela não mentia, simplesmente Alice ia,e indo
se suicidava a cada dia, lamento, pobre aLICE, NÃO lhe ensinaram
a fechar a sua boca.
Seu passaporte foi confiscado, sua jaula, jogaram a
chave no mar, e teus versos não mas amansarão este teu ser desatinado
e intempestivo.
Alice escutva brega,"a lua me traiu acreditei que era
pra nós dois.." ela via poesia em tudo.Isso anjoava quem estava muito
perto. Alice era definitivamente brega, extremamente corrupta consigo
mesmo, Alice só não era burra.
Mas de que adiantava enxergar se ela não
sabia o mais importante: mudar. Alice entre os espaços da vírgula ia
tentando disfarçar sua falta de tato com sua própria natureza,ela ia
ia ia ia ia sofria,como louca,como sofria Alice,por que mesmo?
porque imensa era sua vontade de ser feliz,mais maior era seu medo de pular.Então perto da poesia se sentia segura caía,a cada novo verso,desmaiava em procisões libertadoras a cada nova palavra que lhe acometia ,seu medo era meio de transporte, seu medo era a passagem extraviada naquela cidade que ficou para trás.


Flô

Nenhum comentário:

Postar um comentário